Há pessoas que acham que a pronúncia de uma língua caracteriza (através de analogias profundas ou extorsão de significados) uma população ou uma pessoa. Eu acho que isso é estúpido (para além de implicar uma redução da pessoa ao contexto, a que ninguém me parece tão receptivo quanto isso), mas não posso deixar de atribuir a tal coisa a devida importância indiscutível e universal. Isto porque a experiência mais marcante da minha vida consistiu em observar a minha professora da primária a proferir a palavra «pão» com ditongo aberto. EU SEI. (Eu vou dar uns segundos para recolocarem os vossos queixos nos lugares.) Vejo sempre a dicção portuguesa ou local (no meu caso, mais do Norte) como «neutra» por estar habituada, não sei se é mal geral. Não deve ser, porque o tom musical do brasileiro é inegável e o requintado do britânico praticamente indiscutível (a sério, quem me dera ser uma fábrica de sotaques com capacidade de supressão momentânea... Acho que o Hugh Laurie é o ...
Sobremesas ou jantares saudáveis... às vezes!